Lorena Dayse

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Enfermeira intensivista , professora de enfermagem, trabalho ha alguns anos como professora, ministrante de cursos de extensão e como professora de preparatorios para concursos publicos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eletrocardiograma


Bases Teóricas

O coração apresenta atividade eléctrica por variação na quantidade relativa de ions de sódio presentes dentro e fora das células do miocárdio. Esta variação cíclica gera diferença de concentração dos referidos íons na periferia do corpo. Eletrodos sensíveis colocados em pontos específicos do corpo registam esta diferença eléctrica.


Animação representando o batimento cardíaco.
O exame electrocardiográfico pode ser utilizado em situações de urgência e emergência cardiovascular. e é

Equipamento

O aparelho que registra o eletrocardiograma é o eletrocardiógrafo.

Indicação

O exame é indicado como parte da análise de doenças cardíacas, em especial as arritmias cardíacas .Também muito útil no diagnóstico de infarto agudo do miocárdio sendo exame de escolha nas emergências juntamente com a dosagem das enzimas cardíacas.



Princípios fisiológicos

O aparelho registra as alterações de potencial elétrico entre dois pontos do corpo. Estes potenciais são gerados a partir da despolarização e repolarização das células cardíacas. Normalmente, a atividade elétrica cardíaca se inicia no nodo sinusal (células auto-rítmicas) que induz a despolarização dos átrios e dos ventrículos.
Esse registro mostra a variação do potencial elétrico no tempo, que gera uma imagem linear, em ondas. Estas ondas seguem um padrão rítmico, tendo denominação particular.

Eventos do eletrocardiograma

Algumas ondas e alguns períodos no ECG.

Onda P
Corresponde a despolarização dos átrios, e sua amplitude máxima é de 0,25 mV.
Tamanho normal: Altura: 2,5 mm, comprimento: 3,0 mm Hipertrofia atrial gera aumento da onda P que pode variar até 2,5mm para +ou-

Complexo QRS
Corresponde a despolarização ventricular. É maior que a onda P pois a massa muscular dos ventrículos é maior que a dos átrios.
Anormalidades no sistema de condução geram complexos QRS alargados.

Onda T
Corresponde a repolarização ventricular.
Normalmente é perpendicular e arredondada.
A inversão da onda T indica processo isquêmico.
Onda T de configuração anormal indica hipercalemia.
Arritmia não sinusal = ausência da onda P

Onda T auricular
A repolarização auricular não costuma ser registrada, pois é encoberta pela despolarização ventricular, evento elétrico concomitante e mais potente. Quando registrada, corresponde a Onda T atrial.A onda Ta é oposta à onda P.

Intervalo PR
É o intervalo entre o início da onda P e início do complexo QRS. É um indicativo da velocidade de condução entre os átrios e os ventrículos e corresponde ao tempo de condução do impulso eléctrico desde o nódo atrio-ventricular até aos ventrículos.
O espaço entre a onda P e o complexo QRS é provocado pelo retardo do impulso elétrico no tecido fibroso que está localizado entre átrios e ventrículos, a passagem por esse tecido impede que o impulso seja captado devidamente, pois o tecido fibroso não é um bom condutor de eletricidade.

Período PP
Ou Intervalo PP, ou Ciclo PP. É o intervalo entre o início de duas ondas P. Corresponde a freqüência de despolarização atrial, ou simplesmente freqüência atrial.

Período RR
Ou Intervalo RR, ou Ciclo RR. É o intervalo entre duas ondas R. Corresponde a freqüência de despolarização ventricular, ou simplesmente freqüência ventricular.

Riscos

O exame não apresenta riscos. Eventualmente podem ocorrer reações dermatológicas em função do gel necessário para melhorar a qualidade do exame.

Técnica

Para se realizar o exame eletrocardiograma (ECG), o cardiopneumologista (CPL) (Também designado por técnico de cardiopneumologia) deve inicialmente explicar ao paciente cada etapa do processo. O ambiente da sala deve estar com temperatura agradável (nem muito quente nem muito frio). O paciente deve estar descansado há pelo menos 10 minutos, sem ter fumado há pelo menos 40 minutos, estar calmo. Deve ser investigado quanto ao uso de remédios que esteja usando, ou que costume usar esporadicamente.
Com o paciente em decúbito dorsal, palmas viradas para cima, o técnico determina a posição das derivações precordiais (V1 a V6) correctas; em seguida é colocado o gel de condução nos locais pré-determinados, como sendo a zona precordial, e membros, são conectados aos electrodos do electrocardiografo. Às vezes é necessário uma tricotomia (corte dos pelos) em parte do precórdio, principalmente em homens. É então registrado o electrocardiograma de repouso. Os sinais elétricos podem ser vistos com um osciloscópio, mas geralmente são registrados em papel quadriculado. Correntemente existem electrocardiógrafos digitais, com relatório automático. No entanto deve ter-se sempre em conta que esses resultados devem ser analisados pelo cardiopneumologista, pois muitas vezes esses aparelhos têm erros no algoritmo de diagnóstico.

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2 comentários:

  1. OI Lorena,
    Muito bom seu Blog.Sou enfermeiro do trabalho no CSST aqui de Luanda Angola-África.
    Meu e-mail cordeiropwt@yahoo.com.br
    Parabéns.

    Bjs

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  2. Oi Loreana,
    Gostei desta sua aula sobre eletrocardiograma. Sou Médica Veterinária e faço análises laboratoriais. Estou começando a "aprender" a interpretar um eletrocardiograma. Apenas um comentário a mais: voê poderia colocar um eletro indicando onde ficam as ondas, os períodos, os complexos e os intervalos citados.
    Parabéns pela sua iniciativa!

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